A contribuição de Berta Gleizer Ribeiro para a Antropologia brasileira no século XX: cultura material, arte visual e uso social da tecnologia indígena
DOI:
https://doi.org/10.63207/tefros.v23n2.a3Palavras-chave:
Antropologia brasileña, Etnologia indígena, tecnologia indígenaResumo
O presente artigo tem por objetivo abordar a vida e obra de Berta Gleizer Ribeiro, analisando suas contribuições para a antropologia brasileira ao longo do século XX. Berta Gleizer Ribeiro (1924-1997) foi uma antropóloga romena/brasileira, de origem judaica. Foi graduada em Geografia e História, antropóloga e etnógrafa, e museóloga. Contribuiu para a Antropologia brasileira, no século XX, através de seus estudos sobre cultura material e arte visual dos indígenas brasileiros, bem como, para os estudos sobre a Adaptabilidade Humana, temática cara para a Antropologia Ecológica. Berta utilizava seus estudos sobre cultura material e arte visual como fio condutor para levantar questões acerca da contribuição indígena para uma exploração mais sustentável dos recursos naturais através dos etnosaberes: manejo hídrico e agrícola, domínio da Astronomia, Etnobotânica, Etnofarmacologia, domínio da fauna e da flora, dentre outras tecnologias indígenas atreladas às “Artes da Vida”, como cerâmica, fiação, tecelagem, trançado e plumária. Seu legado reúne os conhecimentos mais avançados existentes em sua época sobre a floresta amazônica e seus povos originários. Berta ao longo de sua carreira realizou pesquisas e estudos em diferentes campos do conhecimento: Antropologia, Museologia, Ecologia e História. Formou coleções para museus brasileiros, foi idealizadora e curadora de exposições, pesquisadora, escritora, produtora de audiovisual, militante da causa indígena e da divulgação científica. É possível promover diálogos profícuos entre a obra de Berta e os estudos contemporâneos da Antropologia da materialidade, e com os estudos relacionados à vida vegetal.
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